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LITERATURA DE CORDEL
ResponderExcluirO DIA QUE O SERTÃO TREMEU
_______________
O mundo ta se acabando
O povo exclama num grito
Uma banda do céu caiu
Deixando Sertão aflito
Será que mais uma vez
É um outro meteorito?
Balançou toda uaua
Monte Santo Petrolina
Caratacà e Canudos
Sacudindo a campina
Deixou velhos assustados
Mulher moça e menina
Quem tava pela estrada
Ja tratou de se esconder
Foi um papoco tão forte
Que chão veio se tremer
O vaza barris virou barroca
Sem uma gota pra beber
Os padres foram pra rua
Beatas apavoradas
As Freiras fizeram preces
Mulheres manifestadas
Terreiros e evangélicos
Unidos numas cruzadas
Pai de Santo defumando
As cidades do Sertão
Os ricos se ajoelhando
Pedindo a Deus o perdao
Pobre gritou Conselheiro
Tenha de nos compaixao
O cabaré de Rosinha
O único que não abalou
As paredes nem se quer
Nem um pedaço trincou
As protetoras das quengas
De todas elas cuidou
O Cachaceiro Zé de Rola
Gritava, o tempo acabou
Tudo está se consumando
Conforme o Mestre Falou
O Sertão tá balançando
Agora o bicho pegou
Prefeitos Vereadores
Ligaram pra capital
Chamaram o Governador
Pra relatar afinal
O que estava acontecendo
No curral eleitoral
Deputados ja mandaram
Logos seus representantes
Para saber dos Problemas
Que acharam interessantes
Da Bahia vieram todos
Paus mandados e mandantes
As igrejas se intupiram
De fieis e fofoqueiros
De pagador de promessa
A distintos cachaceiros
Todos querendo se confessar
De farmaceutico a açogueiros
Corre chama logo o povo
Vamos cá em procissão
Aproveite façam prece
Pra Geronimo e Olimpão
O céu está se bulindo
Vai dispencar meu sertão
Boi na estrada ta berrando
Bode subindo no umbuzeiro
Cavachão faz carnaval
Chamem logo um sanfoneiro
Um pai de Santo e um ebó
Pra benzer nosso terreiro
O estrondo balançou
Com toda nossa estrutura
Caiu a fotografia
Do prefeito na prefeitura
E o povo em polvorosa
Sem rumo e sem estrutura
Mas tomara que seja apenas
Um aviso nuclear
Desses que vem do céu
Com o intuito de alertar
Que de uma hora pra outra
Tudo aqui vai desabar
Esse foi o meu cordel
Feito com o coração
Ao meu povo tão queiro
Desse meu vasto sertão
Fiquem com a paz de Deus
E com amor no coração
Carlos Silva é um poeta
E também Mestre de Cultura
Um sujeito bem sabido
Que carrega a alma pura
De brincar com as palavras
Da rica Literatura
Contatos com o poeta para Oficinas de cordéis,
Oficinas do Cangaço, ou palestra sobre a cultura popular
E-mail cscantador@gmail.com
Tel 75 99838-5777